quinta-feira, 22 de julho de 2010


DIA DO ESTUDANTE - 11 de agosto
Em 11 de agosto de 1827 o imperador D. Pedro I criou dois cursos de direito: um em Olinda, posteriormente transferido para Recife, e outro em São Paulo. Um século mais tarde, durante as comemorações do centenário de criação dos cursos jurídicos no país, um dos participantes desses eventos - Celso Gand Ley - sugeriu que o Dia do Estudante passasse a ser comemorado na mesma data de assinatura do decreto imperial, o que acabou se tornando realidade. Mas o estudante também é lembrado no dia 17 de novembro, quando se festeja o Dia Internacional do Estudante
As pesquisas e relatórios técnicos que analisam e lançam a devida luz sobre a extensão e profundidade do problema da educação no Brasil, são praticamente unânimes na conclusão de que não é fácil ser estudante em nosso país, porque se de um lado as escolas públicas estão cada vez mais decadentes, de outro, as particulares se mostram cada vez mais caras. Em virtude disso, os estudantes carentes que não conseguem matricular-se nas instituições públicas de ensino porque não existem vagas disponíveis para todos, são forçados a interromper seu aprendizado quase sempre definitivamente, situação essa que acaba redundando na presença também cada vez mais significativa de trabalhadores com baixo nível de escolaridade e pessimamente qualificados, buscando no mercado de trabalho qualquer tipo de colocação que lhes permita sobreviver.
É sabido que em países mais adiantados os alunos, em sua grande maioria, estudam durante o dia e não trabalham. Mas no Brasil, infelizmente, quase metade dos estudantes freqüenta os cursos noturnos não porque seja essa a vontade de cada um deles, mas sim por necessidade. Não obstante a insistente repetição dos desmentidos oficiais sobre o assunto, é do conhecimento público que criança pobre, em qualquer pedaço de chão brasileiro, necessita trabalhar para ajudar a manter a família e sustentar seus estudos: a conseqüência desse estado de coisas é grave, porque ela dorme mal, alimenta-se mal, cumpre tarefas com carga e tempo de duração acima do recomendável, e quando chega à escola - se isso acontece - está muito cansada. Acrescente-se a isso o risco que correm os petizes e adolescentes dentro da própria escola - ou em suas imediações -, onde entram em contato direto com o tráfico de drogas e com a violência, enquanto os professores, por sua vez, também têm medo de lecionar em escolas públicas porque muitos deles já foram vítimas, fatais ou não, de alunos violentos e/ou traficantes.
Dessa calamidade estudantil deduz-se que não faltam motivos para o estudante desistir da escola no meio do caminho, o que é facilmente comprovado pelo índice alarmante de êxodo escolar. Tornou-se privilégio de poucos completar o ensino fundamental, o médio e chegar à faculdade, não só porque a capacidade de custear qualquer curso particular de terceiro grau está fora de alcance da maioria dos brasileiros, mas também face à realidade de que os estabelecimentos públicos dos três níveis têm o acesso a eles dificultado pela condição financeira precária do estudante, que não lhes permitindo o preparo adequado, os impede, também, de poder enfrentar os exames vestibulares com real possibilidade de sucesso.

Mas se o jovem é ambicioso, perseverante e sabedor de que o mercado de trabalho dos nossos dias se torna mais e mais exigente quanto à capacitação e conhecimento dos que nele pretendem ingressar, deve ter em mente que o bom profissional precisa aliar a obtenção do diploma à sua vocação, nascendo daí a necessidade de que a tentativa de ingresso em curso superior deva ter relação não com a maior ou menor possibilidade de admissão (relação candidato-vaga), mas sim com a inclinação pessoal de quem vai submeter-se às provas. Daí a importância dos testes vocacionais, que identificando os valores e as áreas de interesse do estudante, e mostrando quais profissões pedem um perfil como o dele, podem despertar sua atenção e conduzi-lo à carreira certa.
Por isso é conveniente que o jovem planeje seu futuro profissional baseado no conhecimento do que cada curso universitário poderá lhe oferecer. Como no caso da Engenharia de Pesca, por exemplo, setor da engenharia voltado para o cultivo, a captura e a industrialização de peixes e frutos do mar. Nessa atividade, o engenheiro de pesca estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos do mar. Suas atividades básicas são o planejamento e o gerenciamento das atividades pesqueiras voltadas para a industrialização e para a comercialização do pescado. Como especialista em aqüicultura, esse profissional também projeta fazendas marinhas, desenvolvendo técnicas de criação e reprodução em cativeiros de peixes, crustáceos e moluscos. Pesquisa o beneficiamento e a conservação dos animais ainda em alto-mar; acompanha sua industrialização e distribuição no mercado consumidor; e instala e mantém motores e equipamentos mecanizados usados em operações de pesca, beneficiamento e processamento.
Ou o da Musicoterapia, atividade que se vale do uso de música e sons para a reabilitação tanto física, como mental e social, de indivíduos ou grupos. O musicoterapeuta pesquisa a relação do homem com os sons para criar métodos terapêuticos que visem a restabelecer o equilíbrio físico, psicológico e social do indivíduo. Ele utiliza instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar de portadores de distúrbios da fala e da audição ou de deficiência mental. Auxilia estudantes com dificuldade de aprendizado e contribui para a melhoria da qualidade de vida de idosos e pacientes com aids e câncer, por exemplo. Também promove a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração social de menores infratores, podendo trabalhar em hospitais, clínicas, empresas, instituições de reabilitação e centros de geriatria e gerontologia.

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