terça-feira, 10 de agosto de 2010

UMES faz Divulgaçao da carta do ENET

UBES divulga a carta do ENET

Durante os dias 25 e 27 de julho, na cidade de Natal, estudantes de todo o Brasil participaram do 11º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET). No evento debateram diversos assuntos relacionados ao sistema de ensino tecnológico no país, bem como o seu futuro. Ao final das atividades, um documento foi elaborada com as principais resoluções do encontro. O documento servirá de subsídio para as reivindicações do movimento estudantil secundarista nos próximos anos.

Acompanhe:

Vivemos desde 2002, um novo cenário no país com uma nova inversão de prioridades com investimentos estratégicos em educação, geração de empregos e produção tecnológica. Este último trouxe ao povo brasileiro a alegria de descobrir grandes reservas petrolíferas abaixo da camada pré-sal, onde, pela primeira vez, desde a colonização do Brasil, temos a oportunidade de reverter essa riqueza em diminuição das desigualdades sociais, proporcionando um novo patamar de desenvolvimento sócio-econômico, onde se torna cada vez mais importante a ampliação e o fortalecimento da educação profissional, e se tornando, cada vez mais, um papel relevante no cenário nacional.

Mesmo com importância elevada durante a história de mais de 100 anos de sua criação, a educação profissional sempre foi tratado com descaso, aprofundado durante os anos 90, com a criação do decreto 2208/97, que desvinculava o ensino médio do ensino profissionalizante e vetava a ampliação da Rede Federal de Educação Tecnológica, em mais uma de tantas tentativas de enfraquecimento por parte dos que não querem o avanço social do Brasil.

Desde 2003, a Educação Tecnológica tem passado por mudanças importantes como a derrubada do decreto 2208/97, refletindo na ampliação da Rede de Educação Tecnológica, ressaltando aspectos importantes como a garantia do contínuo oferecimento do Ensino Médio Integrado, interiorização da rede, oferta de licenciaturas e o amplo processo de expansão da rede, saindo de 140 para 214 escolas técnicas, dando passos importantes no processo de democratização do acesso ao ensino.

Mesmo com todos esses avanços, os investimentos em educação profissional tecnológica ainda não são suficientes para acabar com os resquícios de quase um século de descaso. É necessário alguma medida que possa garantir a universalização e qualidade do ensino nas escolas técnicas. E para isso, torna-se necessário a criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Profissionalizante para potencializar o desenvolvimento e avançar cada vez mais nas mudanças do país. Em cima disso, propomos:

• Destinação de 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação;
• Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento das Escolas Técnicas;
• Destinação de 50% das vagas por curso e turno para estudantes oriundos de escolas públicas;
• Educação Técnica Integral;
• Contínuo oferecimento do ensino subsequente, integrado, superior e EJA, garantindo a destinação de 50% das vagas por campus para o ensino integrado;
• Implementação do Plano Nacional de Assistência Estudantil;
• Padronização da matriz curricular dos cursos técnicos;

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